“Aquele que se enamora da prática, sem a ciência, é como o navegante que entra no navio sem timão e bússola, que jamais tem a certeza de onde vai. Sempre a prática deve ser edificada sobre uma boa teoria.”
(Leonardo Da Vinci)
Como seria se todo profissional resolvesse contabilizar determinado fato da forma que achasse melhor? Como explicar a ocorrência de determinado procedimento? Como definir padrões para sua realização? Na certa teríamos um emaranhado de in-
formações sem base nem nexo. É ai que entram as teorias, que têm o papel de guiar as rotinas.
Com a necessidade de uma maior clareza das transações, a teoria precisa ser consolidada para que as rotinas sejam uni-formizadas e as publicações aconteçam de forma clara e em tempo hábil.
Por isso é importante estudarmos a Teoria da Contabilidade, pois é através dela que a prática contábil busca seu embasamento.
No Brasil temos o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) e o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis como órgãos
regulamentadores da teoria contábil.
Criado pela Resolução CFC no 1.055/05, o CPC tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos
Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de nor-
mas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre
em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”.
Já as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) constituem-se num conjunto de regras e procedimentos de conduta que devem ser observados como requisitos para o exercício da profissão contábil, em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Compreender a Contabilidade exige um estudo profundo dos conceitos, postulados e princípios fundamentais da Contabilidade. A falta de discussão e das boas técnicas pode acarretar em uma enorme confusão mental.
Os postulados contábeis, considerados os “pilares da Contabilidade”, prescrevem “o que” ela deveria fazer ou “como” deveria ser feita. Os dois postulados considerados mais importantes para muitos autores são: postulado da entidade contábil e postulado da continuidade. Já os princípios são a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos
profissionais. São Princípios da Contabilidade: Entidade, Continuidade, Oportunidade, Registro pelo Valor Original, Com-
petência e Prudência.
É a Teoria que dita o “como fazer”, que adapta à Contabilidade as Normas que regulamentam a conduta e os Princípios
que auxiliam a prática contábil. Em uma ciência a teoria e a prática precisam andar juntas, a primeira fornecendo base para a
segunda. (ps: não esqueça disto!).